Gilberto Buta Lutucuta, antigo ministro da Agricultura, faleceu, na madrugada de sexta-feira (18), em Luanda, vítima de doença, aos 80 anos de idade. Natural do Bailundo, província do Huambo, iniciou a actividade política contra o regime colonial em 1959, no Núcleo Político Progressista Clandestino de Apoio ao Movimento de Libertação e Independência de Angola.
Mais tarde, em 1977, foi instrutor da Organização de Defesa Popular (ODP) e oficial instrutor dos batalhões das tropas de reserva. Gilberto Lutucuta afastou-se da vida política activa em 2019.
Reacções
Reagindo à notícia, o Presidente da República, João Lourenço, afirmou, em nota de condolências, que foi com “profunda consternação” que tomou conhecimento da morte do engenheiro Gilberto Lutucuta, além de destacar “uma folha de serviço exemplar em prol do Estado angolano”.
O Chefe de Estado recordou o nacionalista pelo seu abnegado trabalho enquanto agrónomo, como ministro da Agricultura durante anos e, mais recentemente, como diplomata, servindo o país no estrangeiro, na condição de embaixador Extraordinário e Plenipotenciário.
Por seu turno, o Secretariado do Bureau Político do Comité Central do MPLA lembrou, em comunicado divulgado ontem, sobre o assunto, que o antigo ministro abraçou a militância activa e abnegada, realçando o seu espírito de entrega às causas mais nobres do povo angolano.
No documento, o MPLA refere que Gilberto Buta Lutucuta foi embaixador reformado, cumpriu missão na Guiné-Conacri e Côte d’Ivoire, tendo antes desempenhado papel relevante no desenvolvimento do sector agrícola no país, primeiro como assistente técnico do Instituto de Investigação Agronómica de Angola, onde ingressou em 1965.
Este empenho, acrescenta a nota, valeu o reconhecimento do Estado angolano, pela nomeação a ministro da Agricultura, cargo exercido com elevado brio e sentido de missão. Gilberto Buta Lutucuta é pai da ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
jornaldeangola